A Fundação Universidade de Brasília (FUB) foi instituída pela Lei nº. 3.998, de 15 de dezembro de 1961. Em seu artigo 9º, a Lei, sancionada pelo Presidente João Goulart, previa a instituição como uma "unidade orgânica integrada por Institutos Centrais de Ensino e de Pesquisa e por Faculdades destinadas à formação profissional. O modelo, até então inédito no País, passou a ser a "forma usual de organização universitária no Brasil", como ressalta Maria Sílvia Todorov, apoiada no histórico da criação da Universidade.
Em 1962, no primeiro Plano Diretor da Universidade de Brasília, adotado pelo Conselho Diretor da FUB, foram indicados os institutos e faculdades a serem implantados a curto prazo, entre elas, a Faculdade de Biblioteconomia e Informação Científica (FBIC).
Deste modo, apesar de o curso de pós-graduação em Ciência da Informação ter sido iniciado em 1963 com quatro alunos e de o primeiro vestibular para o curso de biblioteconomia ter sido realizado em janeiro de 1965, a Faculdade de Biblioteconomia e Informação Científica foi criada apenas em setembro do mesmo ano.
Até então previa-se a criação de uma Faculdade de Biblioteconomia, vinculada ao Instituto Central de Ciências Humanas. No entanto, Em sua 39ª reunião ordinária, realizada em 14 de setembro de 1966, o Conselho Diretor da UnB resolve "autorizar o Reitor da Universidade de Brasília, a adotar todas as medidas necessárias à criação e ao funcionamento da Faculdade de Biblioteconomia e Informação Científica". A mesma Resolução lembrava que isso deveria ocorrer "sem prejuízo da inclusão" da nova unidade na estrutura da UnB. Essa Faculdade teria dois departamentos: Biblioteconomia e Informação Científica.
Em 1967, o Plano global de desenvolvimento da Universidade de Brasília: diagnóstico preliminar informava que a Faculdade de Biblioteconomia e Informação Científica (FBIC) já estava implantada, ressaltando-se que ocorreu no final deste ano a formatura da primeira turma de graduandos. Posteriormente, a Faculdade de Administração e a Faculdade de Biblioteconomia integraram a Faculdade de Estudos Sociais Aplicados (FA).
Essa situação vigorou até 1970, quando um novo Estatuto foi aprovado. O Artigo 5º desse novo estatuto define as unidades que comporiam os institutos e as faculdades da UnB. O seu parágrafo único estabeleceu como condição para instalação de qualquer uma das unidades a existência de "pelo menos três departamentos".
Assim, surgiu a Faculdade de Estudos Sociais Aplicados, reunindo as Faculdades: de Ciências Jurídicas e Sociais; de Biblioteconomia e Informação Científica e de Comunicação, transformadas em departamentos: o Departamento de Direito; o Departamento de Administração; o Departamento de Biblioteconomia e o Departamento de Comunicação. O Departamento de Biblioteconomia (BIB) sofreu mudanças na sua estrutura com a inclusão do curso de Arquivologia implantado em 1991. Acompanhando as tendências na área, a incorporação do novo curso de graduação acelerou a mudança na denominação do Departamento que, a partir de 1991, passou a denominar-se Departamento de Ciência da Informação e Documentação (CID).
Em 2003, a antiga FA passou a ser denominada Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação (FACE), com a incorporação do Departamento de Economia.
Em 2009, com auxilio do REUNI – Plano de Reestruturação de Expansão das Universidades Federais – foi criado o curso de graduação em Museologia que foi incorporado ao, ainda, Departamento de Ciência da Informação e Documentação.
No mesmo ano, e resultante da criação do novo curso de graduação, foi iniciado o processo de transformação do Departamento de Ciência da Informação em Faculdade de Ciência da Informação (FCI). Processo este, que foi concluído em julho de 2010 com a posse da primeira diretoria da nova Faculdade.
Atualmente, a FCI tem sob sua responsabilidade um Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCinf), que oferece cursos de doutorado, mestrado e três cursos de graduação: Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia. Conta com um corpo docente que tem se destacado no cenário nacional e internacional da área pelas suas publicações e atuações profissionais. Seus ex-alunos podem ser reconhecidos entre os profissionais que mais se destacam no País, ocupando cargos elevados na administração pública e no setor privado.
